Ambiente de reunião, a sala tem tudo para receber momentos especiais. Que tal deixar as sessões pipoca da família ainda mais confortáveis?
Depois de um dia corrido, nada melhor do que relaxar no sofá de casa, em frente à televisão. Para alguns, esse é o programa favorito do fim de semana ou para fazer sempre que a agenda permite. E, ultimamente, com o avanço dos streamings, mais séries e filmes estão à disposição para serem aproveitadas na companhia de quem se gosta. Pensando nisso, mostramos que é possível montar, no lar, uma sala digna de cinema particular.
A arquiteta Andrea Camillo explica que, mesmo onde há conceito aberto — quando a planta integra as diferentes partes da área social —, a sala ainda disputa o título de coração da casa. É ali que a família convive boa parte do tempo e onde os amigos se juntam. Por isso, o conforto é determinante para que todos fiquem à vontade.
O ideal é que o sofá tenha espaço para as pernas ou seja retrátil, de forma que dê para esticar as pernas durante as horas de filme. Quando se tem criança pequena em casa ou é costume comer enquanto assiste à televisão, uma boa opção é escolher tecidos resistentes ou investir em uma impermeabilização, que repele líquidos e sujeiras e tende a ajudar na conservação da peça. Outra alternativa é, simplesmente, usar uma capa bonita para proteger de descuidos. Poltronas que acomodam o corpo e pufes para apoiar os pés também ornam bem com a proposta e elevam a sala para além do sofá.
Como o escurinho remete muito ao cinema, Andrea sugere trabalhar bem a iluminação indireta com lâmpadas amareladas, que acalmam — luminárias de piso ou de mesa de centro, fitas de led e balizadores, instalados na parede, caem bem aqui. Também é interessante usar cortinas para vedar a luz externa ou de um cômodo próximo, o que evita essa iluminação de ofuscar a imagem ou criar reflexo na tela da tevê.
Se Andrea defende que o ambiente aberto não interfere na criação de um espaço de cinema, a arquiteta Tati Lopes faz um contraponto. Ela acredita que há, sim, limitações em barrar a luz e garantir qualidade de som nesses casos. Mas nada que não possa ser solucionado com alguns ajustes. “A tendência é que o morador priorize a integração. Sendo assim, cortinas para separar as partes da casa, luzes de ‘sinalização’, tapetes, que, inclusive, absorvem o som, podem ajudar no resultado”, completa.
Lado sensorial
Na análise de Tati, a televisão é a maior responsável pela sensação de cinema — seja um aparelho grande em polegadas, seja um telão que vem do teto ou que é projetado em uma parede branca. Para garantir que a distância entre a tela e o sofá seja adequada, deve-se medir esse comprimento antes de comprar a tevê ou projetor. Alguns sites de arquitetura ajudam a chegar no cálculo da medida ideal, que leva em consideração, além da acomodação no espaço, a capacidade de compreensão das imagens e de leitura das legendas.
Bons materiais acústicos também dão ares de cinema de verdade. Um sistema completo pode ser contratado por um escritório especializado em acústica ou pensado pelo próprio arquiteto. Além do tapete, citado anteriormente, Tati ressalta que tudo que é têxtil, como estofados e almofadas, contribui, em algum nível, para a qualidade do som.
Outros elementos
Visualmente, revestimentos escuros, uma mesa de centro e mesas de apoio, que podem ir embaixo do braço do sofá e ter até uma segunda função, criam uma atmosfera de cinema. Mantas e almofadas somam beleza e funcionalidade e deixam o ambiente mais aconchegante. “São itens-chave. E, quando não estão sendo usados, podem ser guardados em um cesto ao lado do sofá. Boa pedida até para salas que não têm essa intenção, Isto é, mesmo que não tenham tevê”, indica Andrea.
Fonte: Correio Braziliense